O Que Faz Falta

O Que Faz Falta

quinta-feira, 18 de março de 2010

Um Hino à Liberdade


Acordar consciências, libertar o melhor que há em cada um de nós

Em 1610 Lope de Vega escrevia Fuenteovejuna, uma história sobre o abuso de poder por parte de um comendador. Em 2010 podemos confirmar que a existência de "comendadores", e das suas cometidas atrocidades, é um fenómeno intemporal, bem como a luta e a revolta do povo contra quem dele abusa.
Há quatrocentos anos atrás a Europa abanava com novos movimentos religiosos, culturais e científicos e, hoje, as instituições religiosas e políticas estão descredibilizadas e já se percebeu que não são elas que vão transformar o mundo num sítio melhor para se viver.
O mundo muda consoante a transformação individual de cada um de nós. É dentro que se muda o fora e a Arte continua a ser o veículo primordial à transformação e evolução do indivíduo e, consequentemente, da humanidade.
Em "O Que Faz Falta" à história de Lope de Vega juntam-se as canções de Chico Buarque (um dos melhores e mais completos músicos de expressão portuguesa de sempre). As músicas do Chico dão-nos uma dimensão política que põe o dedo na ferida das ditaduras e da crueldade do Homem, mas também nos revelam o amor, o lado poético do ser humano, o melhor do indivíduo. Desta conjugação, na minha leitura, nasce uma resposta ao que faz falta: acordar consciências, libertar o melhor que há em cada um de nós e com isso abanar o mundo, empurrando-o para a mudança que cada um determinar dentro de si.
Neste processo de trabalho ficou bem claro que uma equipa unida consegue engrandecer-se e fazer do trabalho um espaço onde todos evoluímos e nos tornamos melhores pessoas, onde o plural se torna singular.
Obrigado a todos. Acima de tudo foi um prazer.

Rui Rebelo

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